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Rostos. Pequenos rostos
que nos fizeram um dia bater o coração.
Ontem longamente guardados,
hoje facilmente esquecidos
- para sempre abandonados.
Ainda às vezes quando neva nos espreitam
e nos contemplam.
Do lago mais frio da memória
emergem transparentes e vigorosos
restaurando-nos o cântico quebrado
devolvendo-nos a noite perfumada.
Mas já cansados retornam ao oculto
em vago adeus
mergulhando na lágrima não vertida
para serem de novo apenas uma data,
detrito de nós mesmos,
nossa própria solidão.
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(1996)
quarta-feira, março 11
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1 comentário:
Só hoje tive conhecimento do teu blog pelo teu irmão. Serei a partir de hoje assíduo.
Aquele abraço de sempre
Joaquim Baptista
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